A crise provocada pelo coronavírus afetou muitos agricultores americanos, que até então descartavam a produção. Um homem encontrou a solução para o problema, ajudando os dois lados: quem planta e quem precisa.
Com as quarentenas e lockdowns virando rotina em muitas comunidades por conta do coronavírus e da COVID-19, muitos produtores são obrigados a descartar a produção ou até sair da atividade (veja exemplos aqui e aqui). Nos Estados Unidos, um homem encontrou uma forma de resgatar estes alimentos e doar para os necessitados.
George Ahearn, morador da cidade de Othello, Washington, criou juntamente com alguns amigos a EastWest Food Rescue, uma entidade sem fins lucrativos para coletar produtos nas fazendas e entregar nos bancos de alimentos em seu estado.
A EastWest coleta a produção doada por agricultores mas em alguns casos paga um preço combinado entre as partes. Afinal, há muito trabalho e custos envolvidos na operação. E os agricultores também estão em um momento crítico. A operação, na medida do possível, ajuda as duas partes do sistema.
Segundo o site da entidade, até o dia 4 de junho foram resgatados quase 500 toneladas de alimentos entre batatas, cebolas, maçãs e ovos. O trabalho conseguiu alimentar 500 mil pessoas.
As pessoas podem ajudar a entidade com doações em dinheiro, trabalho voluntário, empréstimo de veículos para carga e descarga e distribuição de produtos já embalados para os bancos de alimentos atendidos. Há espaço para todos.
Importante: toda vez que um agricultor descarta a produção por motivos comerciais (especialmente baixo preço), logo os justiceiros de internet começam a xingar e condenar por não ter doado a comida para os pobres. Na realidade, entre a batata perecível no chão da propriedade e o prato de comida de quem tem fome, existe um longo caminho. Custa dinheiro e trabalho unir estes dois lados. É aí que entra o trabalho da americana EastWest. Ao invés de xingar nas redes sociais, as pessoas deveriam copiar o exemplo.
As imagens postadas aqui são do Facebook da entidade. Acesse aqui.