Índios processam John Deere e agricultor por incêndio iniciado em colheitadeira

Índios processam john deere

Tribos confederadas de Warm Springs querem 12 milhões de dólares em indenizações por incêndio de 2017, nos Estados Unidos

Um incêndio iniciado em uma colheitadeira acabou queimando 27 mil hectares durante duas semanas no estado do Oregon, nos Estados Unidos. O incidente ficou conhecido como “Nena Springs Fire” e ocorreu em agosto de 2017.

Agora, uma associação de várias tribos indígenas da região afetada está processando o agricultor dono da lavoura onde começou o sinistro e a própria John Deere.

No processo, a Confederated Tribes of Warm Springs alega que o proprietário das terras foi imprudente ao deixar uma pessoa não qualificada operar a colheitadeira (o agricultor teria colocado o irmão sem experiência colhendo naquele dia).

Imagem do incêndio. A região queimou por duas semanas.

O incêndio teria começado quando uma pedra ficou trancada na plataforma, batendo no ferro e gerando faíscas que viraram fogo na lavoura de trigo, em uma época com temperaturas beirando os 40 graus. A John Deere é citada no processo como uma empresa que fabrica um equipamento defeituoso, sujeito a problemas como este e que deveria ter sistemas de alarme e bloqueio automático do funcionamento.

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A colheitadeira envolvida no sinistro.

Já os bombeiros do Estado de Oregon atestaram no laudo que o incêndio foi acidental, provavelmente causado por colheitadeira em seu trabalho de rotina, ampliado pela temperatura ambiente beirando os 40C.

Como indenização, os índios querem 12,25 milhões de dólares por conta dos alegados danos na reserva, pela queima das florestas, destruição de cercas, deterioração do solo e nascentes, recursos culturais, peixes e vida selvagem.

Segundo o jornal Oregon Live, a John Deere disse não ter acesso ao processo e que não poderia emitir nota para a reportagem desta terça, 6 de agosto.

Saiba mais: Lawsuit Alleges Rancher, John Deere Combine Caused Wildfire.

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