Carne de cavalo era vendida para hamburguerias no RS

carne de cavalo

Operação do Ministério Público gaúcho revelou organização criminosa que abatia e comercializava carne de equinos em forma de hambúrgueres e bifes

 

Operação Hipo

O MP do Rio Grande do Sul “estourou” uma quadrilha que atuava no comércio ilegal de carnes. O grupo abatia e vendia carne de cavalo para hamburguerias na cidade de Caxias do Sul. Através do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) foram cumpridos seis mandatos de prisão preventiva e quinze de busca e apreensão, em oito locais nesta quinta, 18 de novembro.

O golpe foi confirmado através da análise de DNA de amostras do produto, que encontrou, além de carne de cavalo, carne de peru e suínos.

 

carne de cavalo

 

 

 

Fotos: Tiago Novo Coutinho | MPRS

 

Confira a nota do MP-RS:

 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar, deflagrou no início da manhã desta quinta-feira, 18 de novembro, em Caxias do Sul, a operação Hipo. O objetivo é desarticular organização criminosa e apurar crimes contra as relações de consumo e contra a saúde pública. Estão sendo cumpridos, neste momento, seis mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão referentes a oito alvos.

Em análise às conversas interceptadas pelo MPRS com autorização da Justiça, o Gaeco apurou que o grupo investigado abastecia estabelecimentos da cidade com grandes quantidades de carne (em forma de hambúrgueres e bifes) provenientes do abate clandestino de equinos, suspeita que foi confirmada por meio da realização de perícias em duas hamburguerias de Caxias do Sul, em cujos lanches foi encontrada presença de DNA de cavalo. Também eram misturadas carnes de peru e suíno. “Eram distribuídos em torno de 800kg semanais”, conta o coordenador do Gaeco – Seguranca Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, que está à frente da operação e cumpre os mandados juntamente com o promotor da Especializada Criminal de Porto Alegre, Mauro Rockenbach.

Conforme o Ministério Público, o grupo não possui autorização para o abate e comercialização de nenhum tipo de carne. Assim, as atividades de abate, beneficiamento, armazenamento e comercialização vinham ocorrendo sem qualquer fiscalização, o que é essencial para prevenir que carnes sem inspeção de fiscais médicos veterinários sejam consumidas pelas pessoas.

ENTREVISTA COLETIVA

Os resultados da operação serão apresentados em entrevista coletiva à imprensa, às 11h, na sede do MP em Caxias do Sul, pelo coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. Também estarão presentes representantes da Secretaria Estadual da Saúde e da Secretaria Estadual da Agricultura, que também participam da operação, que conta com o apoio da Brigada Militar.

 

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