Sindicato alega que não conseguiu estabelecer um novo contrato de trabalho para a categoria, que garanta remuneração para uma vida decente e aposentadoria com dignidade
Mais de dez mil funcionários da John Deere nos Estados Unidos entraram em greve na madrugada do dia 14 de outrubro. Foram afetadas 14 unidades da empresa em um movimento organizado pelo UAW – International Union, United Automobile, Aerospace and Agricultural Implement Workers of America.
Fundado em 1935, o sindicato é um dos maiores da América do Norte e representa trabalhadores de diversos setores, com mais de 400 mil associados na ativa e 580 mil aposentados nos EUA, Canadá e Puerto Rico.
Nota no site do sindicato. Qualidade de vida, melhor aposentadoria e ambiente de trabalho.
Em nota, a UAW afirma que John Deere falhou em apresentar um acordo que atendesse as demandas dos associados, que pedem salários que garantam uma vida decente, aposentadoria com dignidade e regras justas de trabalho.
Piquete estilo americano: funcionários em greve protestam na porta da John Deere em Ottumwa, Iowa. Fonte: Twitter de Sarah Beckman.
Piquetes foram organizados nas portas das fábricas e os grevistas estão prontos para “brigar por um contrato que satisfaça as necessidades dos empregados”.
Greve na John Deere: a resposta da empresa
Pátio da unidade da John Deere na cidade de Ottumwa, Iowa.
Em nota, a John Deere declara:
“A John Deere está comprometida com um resultado favorável para nossos funcionários, nossas comunidades e todos os envolvidos”, disse Brad Morris, vice-presidente de relações trabalhistas da Deere & Company. “Estamos determinados a chegar a um acordo com o UAW que coloque cada funcionário em uma posição econômica melhor e continue a torná-los os funcionários mais bem pagos nas indústrias de agricultura e construção. Continuaremos trabalhando dia e noite para entender as prioridades de nossos funcionários e resolver essa greve, ao mesmo tempo em que mantemos nossas operações funcionando para o benefício de todos aqueles a quem servimos. “
Tendência
Os Estados Unidos estão sofrendo uma onda de greves em diversos setores. Nos primeiros cinco dias de Outubro, cruzaram os braços os funcionários da Kellogg em 4 estados, motoristas de ônibus escolares, zeladores em aeroportos, enfermeiros e até os 60 mil trabalhadores da indústria de cinema e televisão.
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