Aprosoja sofre ataque terrorista em Brasília

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Via Campesina assumiu abertamente a autoria do ataque que depredou a sede da entidade em Brasília

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A Via Campesina coordenou um ataque terrorista na sede da Aprosoja – Associação Brasileira dos Produtores de Soja – na tarde desta quinta, 14 de Outubro. A entidade foi atacada como representante do agronegócio, eterno inimigo destas siglas ligadas a movimentos de esquerda no país.

Ainda que muitos veículos coloquem em destaque o acontecido apenas como “vandalismo”, o melhor seria dar nome aos bois e colocar o ato como ele é: terrorismo.

Segundo o Dicionário Oxford, terrorismo é definido como A) modo de impor a vontade pelo uso sistemático do terror. B) emprego sistemático da violência para fins políticos, esp. a prática de atentados e destruições por grupos cujo objetivo é a desorganização da sociedade existente e a tomada do poder. C) ameaça do uso da violência a fim de intimidar uma população ou governo, ger. motivada por razões ideológicas ou políticas e D) regime de violência instituído por um governo. 

 

A nota da Aprosoja

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) repudia de forma veemente a invasão e a depredação de sua sede na manhã desta quinta-feira (14.10), em Brasília.

A entidade já está tomando as providências cabíveis junto às autoridades policiais para que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por cada um dos crimes cometidos.

Esta invasão covarde é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e coloca em risco a integridade física de seus colaboradores e associados.

No momento da invasão, uma funcionária da associação que estava no recinto precisou se esconder dentro do banheiro com medo de ser agredida pelas mais de 60 pessoas que participaram do crime.

Apesar do episódio, a entidade seguirá representando milhares de produtores rurais de todos os tamanhos e de todos os estados brasileiros que produzem soja e milho, grãos esses que são essenciais para garantir a alimentação da população brasileira e de diversos países.

Sem soja e milho não seria possível produzir carnes, leites, ovos e derivados, nem gerar e manter milhões de empregos no campo e, principalmente, nas cidades, com toda uma cadeia complexa de comércio, serviços e de logística induzida pela produção no campo.

Manifestações como esta não constroem nada de bom e são o oposto do que a sociedade brasileira precisa neste momento, que é de união, serenidade e equilíbrio para superar os efeitos da pandemia e da crise econômica que se seguiu, gerar empregos e combater a fome e cuidar dos mais vulneráveis. E é com este espírito que nos revestiremos para seguir trabalhando.

Ascom Aprosoja Brasil

O que diz o MST

VIA CAMPESINA OCUPA APROSOJA, EM BRASÍLIA!

Na manhã desta quinta (14), a Via Campesina ocupou a sede da Aprosoja, em Brasília (DF), com cerca de 200 pessoas escrachando o agronegócio e denunciando a fome, como parte da Jornada Nacional pela Soberania Alimentar!
O agronegócio tem estimativa de lucro na faixa do 1 trilhão de reais ainda em 2021. A soja ocupa 4% do território brasileiro, equivalente a 36 milhões de hectares. Tudo isso em meio a uma pandemia de já matou mais de 600 mil pessoas. E em um Brasil que sofre com 20 milhões de trabalhadoras e trabalhadores famintos.
Bolsonaro vetou o Projeto de Lei 823/2021 (PL Assis Carvalho), uma iniciativa organizada pelos movimentos populares do campo para garantir a Soberania Alimentar no país através de subsídios e investimentos na agricultura familiar e camponesa. Isso demonstra que o governo Bolsonaro é culpado pela miséria e pela fome dos brasileiros e brasileiras.
Bolsonaro se Alimenta da nossa Fome!
BolsoAgro é Fome, é Tóxico, é Fogo, é Morte!

O que diz a Via Campesina

Via Campesina Brasil ocupa Aprosoja em Brasília nesta quinta-feira (14)

via campesina aprosoja
Ação faz parte da Jornada Nacional da Soberania Alimentar que denuncia Agronegócio do país_
As Organizações da Via Campesina Brasil realizam, nesta quinta-feira (14), ações simbólicas nas cinco regiões do país em denúncia ao atual contexto do aumento da fome no Brasil, que faz parte da estratégia política do governo Bolsonaro. Em Brasília, no Distrito Federal, como parte da “Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”, ocorreu uma ocupação da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) pelos movimentos que compõem a Via Campesina.
A ação, que contou com a participação de cerca de 200 camponeses e camponesas, denunciou o protagonismo que o Agronegócio cumpre no crescimento da fome, da miséria e no aumento do preço dos alimentos no Brasil. Neste ano, o Agronegócio, com a produção de soja, milho e cana-de-açúcar, principalmente, está batendo recordes de exportações e lucros.

A extrema esquerda desafia Bolsonaro

A baixa quantidade de invasões de terras e atos do MST e assemelhados é peça constante do marketing presidencial. Com este ataque, fica a curiosidade quando aos procedimentos que serão adotados pelo Governo Federal e as forças de resposta a este tipo de ação, inteligência, identificação dos culpados e indenização. É preciso esclarecer se a questão terrorista vive apenas no mundo da disputa semântica ou o Estado Brasileiro vê assim dentro do nosso ordenamento jurídico.

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