Quantidade de água para irrigar grama de jardim no país ultrapassa o que é usado para o plantio de trigo ou milho nas lavouras americanas
Provalvelmente, o agronegócio já foi xingado por algum ambientalista americano morador de uma casa com um imenso gramado, sobre o uso excessivo de água. Acontece que justamente a grama de jardim é a “lavoura” que mais consome água nos Estados Unidos, segundo um estudo da NASA publicado em 2005.
O estudo analisou cerca de 163 mil km2 de gramados no país, incluindo os residenciais, comerciais, parques, campos de golfe e treinamento, o equivalente a 1,9% de toda a área continental dos Estados Unidos.
É considerada uma necessidade de água de 25,4 mm por semana para os gramados, em média. Nos lugares mais secos, isso pode significar uma irrigação de 12,5 mm para completar a demanda. Depois de muitos cálculos, análise de diferentes técnicas de irrigação e diversidade dos terrenos, os técnicos chegaram a uma faixa de 695 a 900 litros de água por pessoa do país por dia para manter os gramados americanos.
O trabalho “A STRATEGY FOR MAPPING AND MODELING THE ECOLOGICAL EFFECTS OF US LAWNS” (Uma estratégia para mapeamento e modelagem do impacto ecológico dos gramados americanos, em uma tradução livre) não focou apenas na água, mas em todos os aspectos da planta, inclusive no potencial de sequestro de carbono.
Abordagens negativas
Com base no estudo, vários sites publicaram artigos condenando a tradição americana dos gramados. Entre eles, o ACHNews e o Grist. O último, pede simplesmente que todos os gramados sejam exterminados.
Quando alguém começar a debater sobre o uso da água na agricultura, comece perguntando se a pessoa conta com um gramado em casa ou no condomínio. De alguma forma, os números brasileiros devem ser significativos.
Da nossa parte, nada contra os gramados.
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