Os gafanhotos da Argentina estão chegando

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Nuvem de gafanhotos vinda do Paraguai atravessou a Argentina e já está próxima da fronteira do Brasil

Um pesadelo para os agricultores argentinos com proporções bíblicas está passando perto do Brasil: uma nuvem de gafanhotos vinda do Paraguai está sendo monitorada dia a dia pelas autoridades.

Nas últimas horas foram registrados avistamentos em Perugorria (Corrientes), distante 150 km em linha reta da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.

Nuvem de gafanhotos na região de El Sombrerito – Santa Fé, no dia 18 de junho:

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Havia uma expectativa das autoridades argentinas sobre a possibilidade da nuvem de gafanhotos atravessar (ou não) o Rio Paraná. Os insetos finalmente atravessaram o rio entre os dias 18 e 19, rumo ao sul e tocados pelo vento.

Boletim da Senasa, órgão argentino que monitora a situação da praga no país. Os pontos e regiões em vermelho são as com maior potencial de dano.

É bom ficar de olho: a tendência do deslocamento da nuvem é sentido norte – sul, descendo cada vez mais ao território argentino, mas mudanças nas condições do tempo (especialmente vento) e na dinâmica das nuvens podem desviar uma parcela para o Brasil.

Como acompanhar o deslocamento

O Twitter é uma ótima ferramenta para acompanhar postagens rápidas sobre a nuvem de gafanhotos. Se você não possui o aplicativo no celular, não deixe de instalar e criar uma conta. Dentro da rede, procure monitorar a hashtag #langostas – o que pode ser feito também pelo browser, sem a necessidade de instalação, basta clicar neste link. Prestem atenção também na conta de Hector Emilio Medina, agrônomo e chefe de um programa nacional sobre as pragas.

A Langosta

O gafanhoto em questão, conhecido por lá como langosta sudamericana é o Schistocerca cancellata. Os insetos, apesar do grande potencial de dano divulgado pela mídia, está em sua fase adulta, quanto não atacam com tanta voracidade as vegetações.

O maior problema vem depois: quando toda esta nuvem assentar e reproduzir, deixando seus ovos como herança para uma próxima geração que acordará (aí sim) com muita fome. Um problema que, sem um primeiro momento, será principalmente da Argentina.

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