É o que propõe um estudo japonês que sugere robôs voadores com geradores de bolhas de sabão para polinizar as flores
Um estudo desenvolvido pelos cientistas Xi Yang e Eijiro Miyako no Japão propõe mitigar o problema da falta de insetos polinizadores, em especial as abelhas, com o uso de robôs voadores capazes de gerar bolhas de sabão, de forma autônoma.
É sabido que a polinização deficiente é uma séria ameaça para a vida na terra. Estudos assim visam diminuir os custos em sistemas que já usam (por diversas razões) polinização artificial, sem qualquer foco em trocar o tradicional trabalho das abelhas por soluções tecnológicas.
Nas experiências dos cientistas, foram usadas misturas de líquidos especiais com pólen em diversas máquinas geradoras de bolhas, aplicadas em plantas no laboratório com o rendimento comparado a outros métodos de polinização artificial.
Dependendo do tipo de planta, uma bolha de sabão com 2cm de diâmetro pode carregar até 300 grãos de polén.
Apesar da aparente simplicidade, a quantidade de variáveis em uma bolha de sabão é imensa, do tempo de “sobrevida” até a espessura da camada exterior e a resistência à pressão.
O estudo foi financiado por diversos fundos japoneses para aplicação em pesquisas científicas e foi publicado em maio de 2020. Foi obtido mais de 90% sucesso com polinizações na velocidade de 2 m/s, comprovando que a prática é viável.
Polinização com bolhas de sabão – saiba mais
With bees in short supply, soap bubbles could assist with pollination, study finds.