Molnupiravir é a pílula da Merck contra o Coronavírus

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Molnupiravir é a aposta da Merck para combater o coronavírus, depois de problemas com a sua tentativa de emplacar uma vacina

A Merck anunciou recentemente que o molnupiravir, sua medicação para combater o coronavírus produzido em parceria com a empresa Ridgeback, atingiu os objetivos esperados em uma nova fase de testes.

A Merck foi a criadora da Ivermectina, história que contamos aqui em Ivermectina, de droga lucrativa a esperança contra a COVID-19 em janeiro. Vale a pena a leitura.

Quem é a Ridgeback?

Segundo o seu site, a Ridgeback Biotherapeutics é “uma empresa de biotecnologia focada no tratamento e cuidado de populações de pacientes que precisam de terapias transformacionais, com foco atual em doenças infecciosas emergentes. Nosso objetivo é inovar e acelerar soluções que mudam e salvam vidas para a saúde e segurança da população global. Para esse fim, a Ridgeback tem dois produtos de pipeline de estágio avançado em desenvolvimento – ansuvimabe para o tratamento de Ebola e molnupiravir para o tratamento de COVID-19“.

O remédio

O Molnupiravir (que era chamado de EIDD-2801) inibe a replicação de múltiplos vírus do tipo RNA, entre eles o SARS-CoV-2, causador da COVID-19. A real criadora da droga é uma terceira, a Emory’s DRIVE, empresa sem fins lucrativos que fechou parceria com a Ridgeback em março de 2020.

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A novidade é que o remédio mostrou resultados animadores com 200 pacientes não hospitalizados, reduzindo a carga viral em sintomáticos no quinto dia de tratamento. Os pacientes que tomaram o remédio foram a 0% e o grupo do placebo ficaram em 24%.

Tecnicamente falando [alerta de termos técnicos que quase ninguém entende], o EIDD-2801 é uma forma oralmente biodisponível de um análogo de ribonucleosídeo altamente potente que inibe a replicação de vários vírus de RNA, incluindo SARS-CoV2. Em estudos de laboratório e animais de dois coronavírus distintos (SARS-CoV1 e MERS), a forma bioativa de EIDD-2801 demonstrou melhorar a função pulmonar, diminuir a perda de peso corporal e reduzir a quantidade de vírus no pulmão. Espera-se que o EIDD-2801 comece os testes clínicos para SARS-CoV2 e influenza no segundo trimestre de 2020. Além da atividade contra SARS-CoV2, o EIDD-2801, em estudos de laboratório, demonstrou atividade contra vírus sincicial respiratório, influenza, chikungunya , Ebola, vírus da encefalite equina venezuelana e vírus da encefalite equina oriental.

O remédio ainda precisa passar por mais fases de testes. Provavelmente, o verbete da Wikipedia fará uma compilação segura do progresso nos próximos meses.

 

 

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