Caramujo gigante africano coloca cidade americana em quarentena

caramujo gigante africano

O caramujo gigante africano destrói mais de 500 tipos de plantas e também pode carregar um parasita que causa meningite

 

caramujo gigante africano

O caramujo gigante africano (Lissachatina fulica) ataca pela segunda vez para o estado da Flórida, nos Estados Unidos. O molusco invasor foi introduzido no país como “bicho de estimação” vendido em pet shop e acabou virando um problema de saúde pública. Além de destruir uma grande variedade de plantas, o caramujo come até a tinta das residências e também carrega um parasita que causa meningite.

A primeira grande infestação ocorreu em 2011 no estado, na área de Miami.

Multiplicação do Caramujo Gigante Africano

O caramujo atinge sua maturidade aos 4 ou 5 meses de idade, pode colocar 1200 ovos por ano (distribuidos em até 5 posturas) e pode viver até 9 anos. é resistente ao frio e à seca. Adulto, pode atingir até 20 cm.

caramujo

O caramujo lado a lado com um pé humano. Foto: USDA.

Já apareceu também no Brasil

A Wikipedia tem um bom relato sobre a praga em terras brasileiras, com requinte “alimentar”:

Presente em diversas partes do planeta, especialmente na África, o caracol Lissachatina fulica foi introduzido ilegalmente no Brasil inicialmente no estado do Paraná na década de 1980,[2] como alternativa econômica ao escargot (Helix aspersa), em uma feira agropecuária.

A segunda introdução teria ocorrido no Porto de Santos por um servidor público em meados da década de 90, que montou um heliciário na Praia Grande, no qual promovia cursos de final de semana. O fracasso das tentativas de comercialização, devido a sua carne ser mais dura do que a do escargot e por não ser um prato apreciado no País, levou os criadores, por desinformação, a soltar os caracóis nas matas. Como se reproduz rapidamente e possui poucos predadores naturais em áreas antropizadas e urbanas no Brasil, tornou-se uma praga agrícola e pode ser encontrado em praticamente todo o país, inclusive nas regiões litorâneas. Em ambiente urbano foi constatada sua predação pelo rato doméstico (Rattus sp.) tanto no Brasil como no Havaí, onde também é considerado uma espécie invasora. Em ambientes silvestres no Brasil, provavelmente é naturalmente controlado por gambás (Didelphis spp.) e cobras come-lesmas (espécies da família Colubridae, exemplos), o que explica por que não se torna um problema em áreas de florestas conservadas e reservas naturais onde existam esses predadores.

A espécie foi oficialmente declarada invasora em 2005.

Acima: moça mostrando o “bichinho” como bonitinho e animal de estimação…

 

E uma reportagem da TV local mostrando a praga.

 

Quarentena

As autoridades americanas colocaram a região do condado de Pasco em quarentena agrícola  – não confundir com quarentena como a do COVID, as pessoas estão livres para locomoção – proibindo o transporte de produtos como madeira e derivados, solo, plantas ornamentais e o próprio caramujo. Quem encontra um é orientado a procurar as autoridades para que seja efetuado o recolhimento. A quarentena vai até o dia 25 de junho. Estima-se que o Giant African Snail será erradicado em até três anos na região.

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