Índia vira rapper para cantar que o Agro mata. Quem está por trás?

Agro mata

Artistas ativistas indígenas foram destaque em reportagem do UOL, mostrando suas músicas e formando um novo público, longe da aldeia

O site UOL publicou uma reportagem de título “Rap indígena sai da aldeia e protesta: “Agro não é tech nem pop. Ele mata” no último dia 3. No texto, os destaques são para a índia Kaê Guajajara, do Maranhão e Wera MC, habitante de uma terra indígena praticamente dentro da cidade de São Paulo.

No caso de Wera, provavelmente o seu contato mais próximo com o agro seja a CEAGESP da Vila Leopoldina, distante 10 km da sua aldeia urbana.

Já a artista Kaê Guajajara veio do Maranhão, segundo ela, por conta de conflito com madeireiros. O UOL incorpora um vídeo em sua reportagem da índia cantando juntamente com uma DJ. No notebook da acompanhante, adesivos com simbologia de esquerda, incluindo um adesivo “Marielle Vive”.

A música em execução chama-se “Mãos vermelhas”, onde parte da letra diz que “O agro não é tech, não é pop e também mata”. O canal que hospeda o vídeo no Youtube é do Sofar, uma espécie de festival de música / comunidade de músicos fundada em Londres por Raffe Offer – um empreendedor digital que já foi executivo da Disney e da Coca Cola – que tem representações em diversos países.

A média de visualizações para cada vídeo no Sofar Latin America fica entre 700 e 1000 para postagens de 3 meses. O vídeo de Kaê conta com 13594 no momento da escrita deste texto, muito provavelmente pela divulgação dada pelo UOL.

Em 2018, o Wera MC com outros artistas indígenas foi para a Alemanha, através do Museu Weltkulturen, levar sua música e narrativas sobre o conflito com o homem branco. Foram reportagem na DW.

Assim começa mais uma corrente cultural contra o Agro. Como já aconteceu com o carnaval, programas de humor da Rede Globo e outras obras (até mesmo o próprio jornalismo), nossa atividade recebe mais este ataque deste combo de música indígena com MacBook, Spotify e as redes sociais para. Um esforço que ao invés de levar o conforto das novas tecnologias para dentro da aldeia, aliou-se com a esquerda para ser mais uma ferramenta na a guerra cultural.

Todos protestam mas, aparentemente, continuam comendo e dizendo Agro Mata!

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