Com a escalada do conflito entre os Estados Unidos e o Irã, começam as especulações sobre como a situação poderá prejudicar o comércio com a região
O Brasil exportou US$ 2,1 bilhões no período de janeiro a novembro de 2018, conforme dados do Ministério da Economia, no site Comex Vis. O Irã é o vigésimo-terceiro colocado nas exportações brasileiras e responde por 1,03% de tudo o que é exportado no Brasil.
Os principais produtos exportados são Milho em Grãos (48%), Soja mesmo triturada (28%), Farelo e Resíduos da Extração de Óleo de Soja (13%) e Carne de Bovino Congelada, Fresca ou Refrigerada (11%).
Quase a totalidade das importações brasileiras do Irã é de “Uréia Mesmo em Solução Aquosa”, respondendo por 97% dos US$ 88,94 milhões importados no mesmo ano (0,054% das importações brasileiras). O Irã, em importação, é o septuagésimo país na lista.
Importações e exportações – o outro lado
Segundo o site do OEC (Observatório de Complexidade Econômica), o Brasil responde por 5,1% das importações do Irã, atrás de China (37%), Coréia do Sul (8,1%), Alemanha (6,5%), Turquia (6,3%) e Índia (5,2%).
É sabido que o Irã está em tratativas com o Brasil para a compra de gado vivo do Rio Grande do Sul, atividade consolidada no Estado. Com a evolução do conflito, novas negociações podem ser barradas por fatores políticos (posição do Brasil) ou simplesmente por logística, com impossibilidade do tráfego livre de navios no destino.
No geral, a parcela do comércio entre os dois países é pequena dentro do volume total das exportações brasileiras (US$ 148 bilhões em 2019). Pontualmente, impedimentos na comercialização com o Irã podem prejudicar pequenos e médios exportadores em áreas específicas, demandando esforços para aumentar a diversidade dos países destino.