Saiba quais são os países que se destacam na produção de coelhos para consumo de mercado interno ou exportação.
Os dados mundiais sobre cunicultura são de difícil compilação, com milhões de propriedades informais e frigoríficos “fora do radar” em diversos países.
Segundo o site Rabbit Advocacy Network, a produção mundial total é de 1,2 bilhão de cabeças ou 200 milhões de toneladas de carne. Os países que se destacam na produção são Itália, França, Venezuela, Coréia do Norte, Egito, Espanha e China, esta última sendo a líder mundial (em números do ano de 2010) quando produzia 40% da carne de coelho mundial.
O coelho, diferente das grandes produções de bovinos, suínos e aves, tem produção espalhada por pequenas propriedades e até verdadeiros “fundos de quintal” em alguns países, dificultando a contabilidade exata do que é produzido para os mais diversos fins (mercado pet, carne, pele).
Ainda existe uma curiosidade sobre o consumo da carne de coelho: muitas pessoas apresentam resistência para comer o “coelhinho da Páscoa”, tamanha a marca no imaginário popular do coelho como um personagem e bicho de estimação. A questão tem até nome, chamam de Easter Bunny Syndrome.
Segundo o artigo “Produção de Carne Cunícola no Brasil Como Alternativa Sustentável”, de Andrei Bonamigo, Cristiane Duarte, César Augusto Winck e Simone Sehnem, no Brasil, o efetivo de coelhos apresentou queda, em comparação às demais produções, de 12,4% entre 2012 e 2011, tendo o registro de 204,831 mil animais no ano-base. O maior efetivo de coelhos encontra-se na região Sul do país, sendo os três Estados componentes desta região os mantenedores dos rebanhos mais importantes, totalizando 75,7% da produção brasileira: Rio Grande do Sul, 40,9%; Santa Catarina, com 18,3%; e Paraná, com 16,5%. Em termos municipais, aparecem os municípios de Dois Irmãos (RS), Mogi das Cruzes (SP) e Santa Maria (RS) como os principais produtores de coelhos (IBGE, 2012). O trabalho pode ser acessado neste link.
A carne de coelho é de extrema qualidade, com pouca gordura e colesterol, além de possuir bons níveis de proteína. É um mercado em potencial, especialmente nos países em desenvolvimento.