Agro e as eleições: com o que o produtor rural deve se preocupar

Outubro é mês decisivo dentro e fora da porteira, afirma consultor de mercado que palestrou no III Fórum Estadual do Agronegócio

 

O trabalho na propriedade rural pode ser dividido em duas áreas: dentro e fora da porteira. A parte de dentro, o produtor consegue controlar com mais facilidade, exceto o clima. Manejo, cuidados com o solo, sementes, plantio e colheita estão cada mais vez digitais e na mão do agricultor. A parte de fora, onde envolve mercado, preços, economia e estabilidade nacional, fogem das mãos dos produtores.

A parte política, que influencia nos preços e tomadas de decisões de mercados internos e externos, é quesito de destaque no Brasil. Outubro é o mês das eleições e ainda há incertezas sobre o cenário eleitoral. Um candidato pró mercado ou pró Estado vence as eleições? De que o agronegócio será afetado com essas possibilidades? Para o engenheiro agrônomo e consultor de mercado, Flávio Roberto França Júnior, que palestrou na terceira edição do Fórum Estadual do Agronegócio, ontem (15), se a eleição tiver como vencedor um candidato reformista, ou seja, que faça as reformas que o país, na sua visão, precisa, o dólar vai abaixar. “Seguramente, eu afirmo que o dólar pode ficar abaixo dos R$3,50. Melhoria o aspecto do país para se voltar a investir, abrir os mercados, privatizações, diminuir o tamanho do Estado, essa ineficiência que a gente tem hoje, então eu acredito que a eleição for nesse sentido, melhora muito o ambiente para tudo, negócios e investimentos, no setor do agro todo mundo sai ganhando”, destacou.

Por outro lado, França Jr ressalta que caso o caminho escolhido seja outro, o de populismo e Estado inchado, os problemas irão aparecer. “Se isso acontecer e pode acontecer, será grave. O câmbio vai estourar, será usado métodos que não funcionam, não serão feitas as reformas, o que a equipe econômica [do governo Michel Temer, desde 2016] fez de certo nesses dois anos vai por água abaixo, e nós voltamos para o cenário de 2015”, afirmou. Para ele, um candidato com esta postura não traria benefícios ao ambiente político brasileiro.

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